sexta-feira, 18 de julho de 2014




ESTOMÂGO EMBRULHADO

(Peço desde já desculpa aos entendidos por alguma eventual informação incorreta do que escrevo aqui que resulta, do que julgo saber e de uma rapidíssima pesquisa na Wikipédia. Se alguma coisa estiver incorreta, por favor acrescentem/comentem/esclareçam... Quem sabe assim o estomâgo desembrulha um bocadinho?)



A Crimeia fazia/faz (nem sei qual o tempo verbal adequado aqui...) parte da Rússia desde 1774 e foi no período pós 2ª Guerra Mundial que, através de uma decisão política, se transferiu esse território para a Ucrânia. Terá sido uma decisão política porque Nikita Kruchev, na altura tinha ligações políticas fortes com o partido comunista ucraniano, que o apoiava. Passou então a ser Ucraniana, embora a maioria dos seus cidadãos tenha origem russa. A embrulhada começará aqui? 
A Rússia tem um forte interesse em que a Crimeia continue "russinha da silva", já que tem lá a base sua frota naval do Mar Negro, sendo por isso, um ponto geoestratégico muito bom.

O Estado da Palestina, proclamado em 1988 por Yasser Arafat, é reconhecido por 130 países como Estado soberano, mas não tem um domínio absoluto sobre a maior parte do território que reivindica, já que esse território encontra-se ocupado por Israel, desde 1967. Outra decisão política... hum...!
Os palestinianos controlam apenas a faixa de Gaza e estão divididos politicamente: O Hamas controla a faixa de Gaza e o Fatah, a Cisjordânia. A autoridade nacional da Palestina ambiciona o estabelecimento de um Estado da Palestina, com um governo democrático e transparente, mas entretanto, não se entendem de maneira nenhuma e toda a gente e mais alguma dá palpites e se mete nesta guerra de vizinhos que não se dão e que são forçados a viver uns em cima dos outros, porque todos e cada um acham que o território é seu e só seu.

Enquanto almocei hoje, assistia ao noticiário das 13 Horas. Dos Ucranianos e Russos, supostamente envolvidos na tragédia do avião civil das linhas aéreas da Malásia, passei para a invasão terrestre da faixa de Gaza pelo exército Israelita, para a exposição de argumentos de uns e de outros. Nunca poderei saber quem tem razão, mas, o horror que senti perante uns e outros acontecimentos, agora vistos assim, ainda no rescaldo da notícia do avião que, de tão dramática me parecia surreal, fez-me precisar de vir aqui, de tentar sistematizar um bocadinho aquilo que julgo saber, de perceber, de ler, de aprender o que está na génese disto tudo... e voei para os livros de história que me acompanharam no liceu, nos vários anos e séculos da história portuguesa e europeia/mundial. Sim, o voo foi direto, porque a história está cheia disto!

Onde é que já vi/ouvi/ li isto? Estados mal reconhecidos, supostamente soberanos, mas incapazes de se afirmarem; outros, mais fortes, ou com melhores/maiores ligações, que se assumem como superiores; vizinhos que não se dão; quezílias por territórios; gerações de ódios e guerras; forças internacionais que às vezes só se movem por interesses e com isso mudam a história, às vezes para sempre... 

Pois é, nada de novo, a diferença é que agora, se aperta um botão e se faz explodir, num click, um avião de inocentes... e só isso e isso, embrulhou-me o estomâgo!



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