segunda-feira, 25 de julho de 2016








22 ANOS DEPOIS


Sim, 22 anos depois vou repetir esta viagem que fiz em setembro de 1994 com um grupo de amigos. 22 anos depois vou poder comparar sítios, reviver experiências e experimentar a sensação de voltar a um local, seguramente diferente e com muitas inovações. Levámos nessa saudosa viagem um telemóvel (que me pareceria agora um tijolo) que partilhávamos para repartir as chamadas para casa. Fomos em duas carrinhas e o nosso destino alargou-se em muito do traçado inicial, dando aso a um espírito de aventura que só os jovens sabem ter. Chegámos à Hungria e tudo nos pareceu uma doce aventura, vivida em grupo por essa Europa fora e recordada até hoje em muitos serões de conversa jogada fora entre amigos. Tanto, tanto para recordar. E agora, a uns diazinhos daqui, estou prestes a repetir a aventura. Desta vez mais moderna, com tecnologias de apoio, com informação a escorrer de minuto a minuto, com um mundo muito mais perto de cada um, ao virar a esquina, do aeroporto, do transfer mais imediato. Agora também, como adultos que somos, com um itinerário muito mais preciso. 
Pois é! Mas o espírito será o mesmo: uma grande aventura Escutista, vivida em comum com um grupo de amigos, recordada outra vez por alguns que agora, como eu, repetem a viagem e, o melhor de tudo, partilhada com os meus filhos e marido. 
Se imaginaria que 22 anos depois poderia lá ir outra vez com três filhos comigo, tendo o mais novo 12 anos?
Nunca! Mas a vida passou a correr e o que é certo é que lá vamos nós sim senhora!
Não sou saudosista. Não fico nostálgica, ou xururu (leia-se, piegas) por querer dar ao presente certas cores do passado, mas o que é certo é que voltar a KANDERSTEG, agora acompanhada assim de vocês, faz-me dar graças pela vida que tenho e pela oportunidade que espreita aqui.
Acho que vai ser o máximo!
'Bora lá...




(E um apanhadinho de algumas fotos de 94... Antigas, antigas!
E a promessa de uma reportagem a sério desta vez!...)





quinta-feira, 21 de julho de 2016



DONOS E SENHORES




Feitiozinho chatinho, tenho eu, eu sei... Com 44 no papo, sei que já apurei, nesta fase, muitos defeitos que tenho desde sempre, mas quero crer também que terei um pouquinho mais de clarividência e/ou discernimento para o que interessa, filtrando, filtrando muito, filtrando sem cessar. Isso torna-me seletiva: nos relacionamentos interpessoais, nos sítios a frequentar, nas conversas a eleger ter ou não ter, na disposição com que parto para as coisas, na escolha dos hobbies certos, daqueles que assumo, equilibrarem-me sem  parar.  É da idade? Talvez, mas não me queixo. Ergo do alto de mim própria, esta disposição e legitimo-a com a idade sim, que esta não nos dá só quilos a mais e paciência a menos. Dá-nos também a maravilhosa sensação de sermos donos e senhores de nós próprios, sem culpas ou convenções. E essa é a melhor parte.
Senti que hoje, tinha que dizer isto, nem que seja para mim própria!

segunda-feira, 18 de julho de 2016





FÉRIAS DE SONHO

E as férias quase, quase a chegar. A espreitarem à portinha de uns dias que não tardam aí e com elas, as férias, vêm-me ao pensamento, claro, ideias de destinos idílicos contigo, onde pudéssemos namorar sem destino, descobrirmo-nos a toda a hora, falar, conversar, ouvir, curtirmo-nos um ao outro, revendo no outro aquilo que nos encantou e encanta, embalados por comodidades que o dinheiro pode pagar e que se traduzem por pouca tralha, poucos planos, pouca logística, elementos sempre pesados quando se projectam sonhos e planos.
Pois é! Mas depois lembro-me do dinheiro que não temos para isso, da lista de prioridades agendadas para ontem, de terceiros e quartos e quintos que dependem de nós e nos impossibilitam de fugir desta rede apertada que se chama A NOSSA VIDA, das datas e prazos de agenda, de, de, de... E logo me vêm à mente, os milhares de recantos que conhecemos por aqui e que nos devolvem, se quisermos esta magia dos sítios de sonho. Lembro-me dos segredos partilhados em sítios e espaços com nomes só nossos, lembro-me da fortaleza de um amor chamado NOSSA VIDA que nos deu e dá tanto, tanto, tanto. Lembro-me do que sei ser verdade, de que os sítios de sonho somos nós que os fazemos e que de sonho nada teriam se não tivéssemos nós antes, tantos elos fortes assim, lembro-me de uma vida que corre ao nosso lado e da capacidade que temos tido de a renovar e fazer encantar. Lembro-me de quinhentos mil argumentos que poderiam rebater e sustentar a não ida para sítios de sonho.  E pronto, esta certa-nostalgia-parva-que-sinto-às-vezes-e-que-me-faz-questionar-o-que-não-tenho, passa-me logo, sem dar tempo e/ou energia para se fundamentar, como um mecanismo quase físico de defesa e imunidade e por isso fico bem, ótima, tranquila e feliz.
É que as férias estão mesmo aí e serão de sonho, se eu quiser.... Contigo!



quinta-feira, 14 de julho de 2016






CAÇULA
( do meu ❤️)

E às vezes assusta-me a rapidez com que cresces. Sei que não tarda já não
me vais querer sempre perto, como por ora ainda vai acontecendo. Sei que mais cedo do que imagino, a tua voz vai mudar, o teu tamanho vai exceder-se, os teus interesses vão ser infinitamente diferentes dos nossos e dos meus, mas por ora deixa-me curtir-te muito, com todas as forças, mesmo que me dês  cabo da cabeça e me esfrangalhes os nervos, que também sou mocinha de génio fácil!
É que hoje deu-me para isto!!
Coisas de mãe?





LUV U TOO!!!

terça-feira, 12 de julho de 2016




PINGUINHOS DE CHUVA

Apesar do calor abrasador, dominante e absolutamente presente que por aqui se sente, sinto que me tens escapado por entre os pinguinhos da chuva, aquela miudinha e irritante que está sempre lá em tardes invernosas e da qual imaginamos pingos insistentes e chatos.
Tens estado ocupada em coisas várias que escolheste fazer para passar (e bem!) o tempo, isso altera-te as rotinas absolutamente ociosas de férias que, aliadas ao calor desta terra, vos podem transformar por momentos em coisas quase inertes em cima de sofás de qualquer sala, e por isso, não tenho tido oportunidade de te observar a cada hora, com aquele olhar clínico de mãe que sei todas podemos ter, transformado em radar super sónico de deteção de problemas.
Pois é, é verdade isto, mas quero dizer-te que apesar de tudo, te intuo e percebo e vejo e ausculto como se fosses transparente, mesmo que não me digas nada, nem partilhes as coisas que são tuas e de mais ninguém. Aproveito para isso cada gesto, momento, olhar, riso, tom, como se precisasse de tirar destes meios, toda a informação que TAMBÉM ELES nos podem dar.  Afinal, estas mães transformadas em radares, também sabem que são isso mesmo: mães e não as melhores amigas, pares, da mesma idade e com as mesmas sintonias e gostos. E esta minha certeza de radar é mais que suficiente por ora, pois sei que nela cabe dentro o maior e mais genuíno  amor do mundo. E eu sei que tu também sabes disso!

LUV U sweetie!!



quarta-feira, 6 de julho de 2016





REDUTOS


Tenho vivido estes dias com um misto de sensações: rescaldos na escola aqui e ali por acabar, pontinhas de fora relativas a assuntos que teimam em não encerrar, mais isto e mais aquilo, num limbo estranho entre férias à porta e sensação de dever cumprido e trabalho exigente que ainda não pode MESMO acabar. Sinto-me a ir fechando dossiers, à medida que os dias vão passando, gerindo as solicitações dos miúdos, plenamente de férias, as solicitações familiares, os pendentes por resolver e acautelar/enquadrar, as minhas urgências e o resto tudo que faz parte da minha (leia-se nossa) agitada vida.
E assim se tem vivido por aqui, com este blog também meio anestesiado, é verdade. 
Mas está cá! Como cá estou eu também, viva, com as certezas que me sustentam.
E esta é uma delas.





Obrigada pela mensagem. No meio da confusão em que estava (estávamos) quando a recebi, foi como que sentir que há sempre um reduto que é profundo, sagrado, nosso, valioso e seguro.

P.S. Ah!... Também adoro este sítio! Tu sabes...