sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016





O SABOR DOS DIAS



 Mesmo que os fins-de-semana se avizinhem sempre complicados pelas  milhentas coisas que tenho para fazer, às sextas-feiras ninguém tira  este sabor maravilhoso de coisa boa que está para vir
E hoje é sexta-feira!  E ADORO-LHE SEMPRE O SABOR
Yeh!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016



CARTAS DE AMOR

Ainda não o li. Achei piada ao título e quis, hoje, oferecer-lhes. Sei que é uma coletânea de várias cartas de amor, de vários retratos de amor, ora sereno, ora arrebatado, ora tranquilo, ora louco, mas amor. Provavelmente é um daqueles livros que não se lê como um romance, um épico, ou um policial. Provavelmente é um daqueles onde se vai e se volta quando se quer falar de amor, ou quando se quer ilustrar o tema. Não sei. Não o li ainda, mas apeteceu-me oferecer-lhes.
E foi isto que lhes escrevi como dedicatória:

"Achei piada ao título. Muitas mais "grandes cartas de amor" haverá, muitas outras que não estão aqui. A maior de todas, que seja a vossa, aquela que puderem, um dia, na vossa vida, escrever. E se assim for, seja  o vosso amor como for, que o possam e queiram oferecer, com ternura em letras e amor em palavras. Será a mais bela de todas, essa carta, porque vossa para o outro, que escolheram para vós.
É sim, há coisas que só passam de moda se nós deixarmos. As cartas de amor são uma delas."
1 bj às duas,
A mamã.
23/2/2016




domingo, 21 de fevereiro de 2016




SUNDAY, LAZY SUNDAY





E quem diz que não precisa disto, acho que mente sim senhora. Desta preguicite domingueira, em que se passeia, se namora, se curte um filho de cada vez, se tiram selfies parvas, se faz nada de especial, mas se tem a sensação de que se fez TUDO e até foi bom ( até cabe aqui, um joguinho de futebol a que se assiste com agrado, imagine-se!!). Isto à boleia de um sol algarvio maravilhoso e sítios nossos, brilhantes e calmos, livres do bulício parvo do Verão.
Cá para mim, carrego baterias nestes domingos, para a semana que começa  e para o resto, aquele resto que anda sempre por aí ao nosso lado, colado a nós sem piedade e que às vezes nos faz precisar de pausas assim.
É isto...




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016







CHICO-ESPERTICE


Fiquei possessa. Pelo episódio de teimosia, de "chico-espertice" e, sobretudo, de abuso de confiança. Fi-lo ver que sim, estava chateada. Os pais e a mães são pessoas normais e, por isso, não têm super-poderes (leia-se paciência, serenidade, sentido de oportunidade e tudo o mais que se quiser fazer caber aqui...) que os imunizam sempre do que corre menos bem e que os transformam em pais e mães de catálogo.
Disse-lhe que o que lhe parecia um caso de nada, pequenino, pode tomar proporções gigantes sempre que magoar o OUTRO e que deve ser sensível a isso. Disse-lhe que será sempre nessas coisas pequeninas que se verá o caráter. Disse-lhe, disse-lhe, disse-lhe (...), com todo o ênfase que dou às coisas que digo quando estou zangada.
Ficou muito quieto, direitinho como um fuso, quase sem respirar. Vi que bateu de frente com o meu confronto. Que não estava à espera. Que a sua "chico-espertice" afinal, tinha tomado proporções desagradáveis para mim e que não tinha piadinha nenhuma algumas vezes... Afinal, sei que é um bom miúdo, teve que ouvir!
Se este estatelar de cara no chão com estas verdades, ditas assim porque se ama muito, não fizer crescer, então já não sei nada! 

Ufa, que cena!

P.S. O maior desafio, meu querido, é sempre o de não se crescer só em tamanho!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016





DIFERENÇAS QUE UNEM


Ouvia-a falar e gosto sempre da forma como fala. É muito serena e tem um tom de voz doce, mas ao mesmo tempo incute tudo menos pastelice e lamechice. Não, é firme e muito segura. Acho que é por isso que prende quem a ouve. Gostava de ter o seu ar sereno e de impelir para fora essa doçura firme.
Falava ela e lembrei-me das diferenças que os uniam como casal. Uniam? Sim, diferenças que uniam. Sentia os meus Pais como um casal muito diferente, com feitios antagónicos, mas com uma solidez na relação que partilhavam, que passava, pelos poros, para mim e para os meus irmãos. Lembrei-me especificamente de um post antigo em que os comparava a outro casal amigo, tão diferente. (há verdades que nunca terão prazo de validade, para nós...), ou de outro post onde falo da célula de amor que acho que foi a relação dos meus Pais.
Os meus Pais foram sempre para mim, exemplo de solidez, isto sem lamechices ou vidas de contos de fadas.
A cumplicidade reinava, apesar de alguns interesses serem diferentes. Disse, 
(na altura tive que partilhar), que achava que essa solidez passou para mim, que me formou como pessoa, ajudando-me a construir, sem saber, uma ideia de casal, de casamento, de relação entre duas pessoas que se amam. E essa mensagem que passaram para mim, pelos poros, sem se aperceberem, tornou-me segura, acho eu.
Isto transportou-me para as crianças, os filhos, a educação em geral, que é aquilo que mais me alicia e desafia, como mãe e Educadora que sou. 
É absolutamente essencial para o desenvolvimento da personalidade que os filhos cresçam vendo a relação dos Pais, percebendo-a e recebendo-a pelos poros, por aquela linguagem que passa pelos silêncios, atitudes e reações. É essencial que pressintam cumplicidade, mesmo nas diferenças, uma cumplicidade por aquilo que para o outro do casal é ABSOLUTAMENTE ESTRUTURANTE. É essencial que percebam que as diferenças, muitas vezes, podem aproximar, porque se partilha, se conversa, se consensualiza. E isto sem se deixar de ser diferente e sem ninguém se anular.
E isto, é feito diariamente, dia após dia, mês após mês, até se continuar a achar que vale a pena. 
O que passará pelos poros ajudará a estruturar e a construir um ideal de uma relação, que poderão, depois querer para si... E mesmo que não queiram, a mensagem que passará, à boleia da relação, é a do respeito pelo outro, da cumplicidade, do estar lá sempre que é preciso, da segurança e também do afeto, aquele baluarte tão forte e tão seguro com um farol. E isto depois, darão às suas relações, acho...
Pois é, aos meus Pais, devo entre tantas milhentas outras coisas, isso mesmo!
E hoje, por aqui, quis dizer isso...


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016






TO THE MOON ANB BACK



Será sempre onde sou o melhor e o pior. Será sempre onde sou a mais segura e também a mais insegura. Será sempre o palco onde ajo por intuição, mais vezes do que por razão. Será sempre o maior dos cenários, aquele onde exercito a capacidade de amar ao expoente máximo. Será sempre onde acerto e erro vezes sem fim. Será sempre onde me supero, ultrapassando expetativas e correspondendo a anseios. Será sempre onde faço exercícios de entrega, porque não prevejo o futuro e este também, sobranceiro, não se mostra. Será sempre para onde mando as minhas doses grandes de amor, aceitação, confiança e desafio. Será sempre a fonte dos meus maiores sorrisos e também inquietações. Será sempre o maior espelho vivo, grande e a cores do meu amor por um homem e do dele por mim. 
Sim, esta vida de mãe, este exercício nu e cru da maternidade, será sempre e sem dúvida, o meu maior desafio. 
Mas o que é maravilhoso é este efeito boomerang, de arremesso, de ida e também de volta, como se fossemos sempre emissores e recetores recíprocos de um amor sem fim. To the moon an back...
Fogo, há coisas mesmo fixes!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016






BURACOS DE TEMPO


Já tenho dito aqui que adoro tudo o que escreve e que gosto de me imaginar com a sua idade assim, um bocadinho parecida na maneira descomplicada de ser. Sigo-a há muito tempo aqui na blogosfera e admiro o seu percurso profissional, mas sobretudo pessoal.  
Ontem, escrevia no seu novo blog, que agora também sigo, que o estar-se sozinho pode ser um verdadeiro luxo, para aqueles que o saibam vivenciar.

Também gosto, às vezes, de estar sozinha. Preciso, às vezes, de estar sozinha. Para mim, para as minhas coisas, para os meus timmings, para os meus assuntos, para os meus enredos. Só para estar. Se não consigo, durante algum tempo, estes buraquinhos egoístas de tempo, vou ficando em desequilíbrio, em défice. Mas nesses buracos cabem também outras coisas e não estou sempre sozinha: cabe o ócio saudável, a leitura, a escrita, o cinema, o desporto, ou até um café com uma amiga especial, a conversa que se põe em dia, a cumplicidade que se sente, as palavras que se jogam fora, mas que nos dão o OUTRO de graça, assim... E assim me vou equilibrando.
Depois, revigorada, volto à minha vida agitada com milhares de assuntos para tratar, volto às solicitações dos meus, que são tantas e me absorvem tanto, volto aos registos de trabalho, de esta e daquela e da outra atividade em que me envolvo, volto à correria e à pressão que também me faz bem, porque me faz resolver assuntos e tomar decisões. Volto a mim e à minha faceta social e extrovertida.
Pois é, sou assim, é verdade. 
E hoje, num buraco de tempo que vou ter, tirado a ferros, porque às vezes também tenho que os obrigar a aparecer, sei exatamente o que me apetece fazer...
P.S. Post dedicado a uma amiga que me faz assim, como que ... carregar baterias!



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016






PEQUENINOS

(muito pequeninos...)

A ameaça de bomba num avião da TAP, no aeroporto de Faro, a ecoar nos noticiários da manhã, misturada com a minha distribuição de dinheiro para senhas do almoço e recados para o dia que se iniciava. 
De novo a notícia, no carro. Parece que tudo estava afinal bem, fora só uma ameaça, mas fora. O pensamento nas 38 pessoas a bordo, a proximidade da coisa, mesmo ali "no quintal de casa", a mistura da rotina e do dia que segue, célere pelo espraiar das horas, com uma ameaça grave, mesmo ao  nosso lado. 
A recusa explicada a todos do MEDO, que não poderá ser constante, que não nos deverá reger, mas de facto, a mistura de tudo isto a dizer-nos que não somos nada, que nada do que temos é um dado adquirido, que os instantes podem mudar a nossa vida assim, num piscar de olhos ultra, super, mega rápido!
Vulneráveis, é o que somos, muito vulneráveis... e pequeninos. 
Por hoje é só isto.