quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016







CHICO-ESPERTICE


Fiquei possessa. Pelo episódio de teimosia, de "chico-espertice" e, sobretudo, de abuso de confiança. Fi-lo ver que sim, estava chateada. Os pais e a mães são pessoas normais e, por isso, não têm super-poderes (leia-se paciência, serenidade, sentido de oportunidade e tudo o mais que se quiser fazer caber aqui...) que os imunizam sempre do que corre menos bem e que os transformam em pais e mães de catálogo.
Disse-lhe que o que lhe parecia um caso de nada, pequenino, pode tomar proporções gigantes sempre que magoar o OUTRO e que deve ser sensível a isso. Disse-lhe que será sempre nessas coisas pequeninas que se verá o caráter. Disse-lhe, disse-lhe, disse-lhe (...), com todo o ênfase que dou às coisas que digo quando estou zangada.
Ficou muito quieto, direitinho como um fuso, quase sem respirar. Vi que bateu de frente com o meu confronto. Que não estava à espera. Que a sua "chico-espertice" afinal, tinha tomado proporções desagradáveis para mim e que não tinha piadinha nenhuma algumas vezes... Afinal, sei que é um bom miúdo, teve que ouvir!
Se este estatelar de cara no chão com estas verdades, ditas assim porque se ama muito, não fizer crescer, então já não sei nada! 

Ufa, que cena!

P.S. O maior desafio, meu querido, é sempre o de não se crescer só em tamanho!

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