terça-feira, 24 de fevereiro de 2015




ÀS 9 DA MANHÃ...


Correu para mim e afundou a cabeça na minha barriga. O sorriso ia de orelha a orelha. Gesticulou, perguntando-e para onde ia. Expliquei-lhe e percebeu. Foi ter com os outros, a dizer-lhes da minha chegada. 
segui para o dia que tinha pela frente e lá seguiu ele também.

Estarei sempre na sombra e não haverá nunca receitas para isto que faço. Haverá sempre dias maus e outros dias bons e haverá sempre MUITO POUCO retorno, aquela coisa às vezes tão boa e tão insufladora de ego. Sei disso tudo, ou vou sabendo aos poucos, que há esquemas de uma vida inteira que levam tempo a desmontar. Mas este sorriso rasgado e este abraço que se afundou na minha barriga, esta reação ao ver-me e este brilho nos olhos, eh pá, estes já ninguém me tira e vi-os, com clareza, ao princípio da manhã.
Há mesmo coisas que não vêm em livro nenhum e com esta, para além de ter ficado derretida, ganhei logo o dia... às 9 da manhã!




P.S. Derreto-me com pouco, é verdade, mas o pouco, às vezes, pode ser TANTO...



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