segunda-feira, 8 de setembro de 2014



TODOS DE REGRESSO...

(e este OH MÃE de fundo, maravilhoso...)


A pilha de roupa para lavar, inesperadamente cresceu três andares, mas eu, sabiamente, já sei relativizá-la. As mochilas, cheias de pó e de cor transformada, ficaram à porta, no jardim, juntamente com botas, colchonetes, sacos-cama, coisinhas e coisetas que dos sacos foram saindo. Têm ordem de marcha, já com prazo agendado e serão da responsabilidade da prole, que a mãe só vai tratar da roupa, o que já não é nada pouco. A ordem para colaborar é para todos, sem exeção. Quanto à roupa, nem sei quando será passada a ferro, o melhor é priorizar e pedir à senhora que a vá passando por camadas de urgência seletiva! Sim, porque esta roupa chegou agora e já outra lá havia... nos cestos!!
E assim a casa se encheu de repente outra vez, de vozes, barulho, Iphones e Ipads nas mãos e pernas e braços e sofás e cadeiras verdes como uma de que já falei aqui. Estendiam-se por ali numa ressaca preguiçosa de 6 dias de acampamento regional com outros mil e tal escuteiros, realizado logo após uma quinzena de férias na praia, em registo suave, muito suave, embalados por aquelas brisas dormentes que só as férias dão.
Pois é, e agora, tudo vai voltando ao lugar, à medida que esta normalidade vai chegando, rotineira.
Confesso que estes dias sem eles me souberam muito bem. Aquela história das baterias que se carregam é mesmo verdade. Arrastada também por contingências profissionais que só acontecerão aqui em Portugal, acho, (esta frase deve ler-se em tom irónico!!!) e que se traduzem por uma situação de vínculo ao Estado, mas sem escola de provimento ainda, pude estar sem eles em modo mais livre e isso serviu-me para carregar aquelas baterias egoístas das minhas coisas, dos meus tempos e espaços e equilíbrios e destes, preciso às vezes, para o resto dos dias todos em que eles, maravilhosamente, estão cá. 
Os meus filhos serão sempre a minha prioridade, mas existo para além deles, sou também pessoa, mulher, companheira, namorada, amiga e a estas todas, tenho que dar espaço e isso é inalienável. 

Quando eles chegam, bem, aí muda tudo, não só porque são exímios a ocupar o espaço e a tornar um OH MÃE constante, em barulho de ambiente, mas também porque a mãe se assume como corredora de fundo e com uma resistência bem trabalhada vai conseguindo geri-los aos três e a si própria, muito bem!! Se calhar é mesmo importante carregar baterias de vez em quando...
Ufa!! Não dizia um antigo professor de ginástica que tinha jeito para o atletismo porque tinha uma boa resistência?? Se calhar ele tinha razão, quem sabe...


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