sábado, 26 de abril de 2014





NESGAS DE TEMPO EM NOVOS MUNDOS







Passou-se agora mesmo. Consegui uma nesga de tempo num dos portáteis disponíveis cá de casa, o que nem sempre é fácil! De repente identifiquei uma das milhentas fotos que a minha filha Sofia gosta de ir tirando por aqui com o irmão, a irmã, sozinha, em pose, sem pose, enfim, um sem número de fotografias dela, dos outros, das coisas. Acredito que será uma fase, mas como sei que adora fotografia, vou achando alguma piada, embora, confesse, acho que exagera na rapidez com que logo a seguir vai colocar a foto no Instagram, Facebook e outras redes que tais, algumas das quais nem consigo dizer os nomes e de onde não consigo depois de forma rápida e individual (sem chatear ninguém!!) tirar as fotos para mim e guardá-las no meu velhinho disco externo onde tenho a minha vida.  -Oh mãe, põe na Dropbox, ou na ICLOUD, ficam sempre disponíveis em qualquer computador, basta ligares...- Não quero saber! O meu disco externo é meu, anda na mala, está comigo, também o ligo quando quero e onde quero, passa lá as fotos para lá se faz favor!!! E lembro-me aqui da resistência de uma tia avó que tínhamos, em usar cartão multibanco quando ele apareceu, porque o dinheirinho vivo na carteira é que era, qual quê agora essas coisas dos cartões! 
Meu Deus, será possível que eu esteja parecida com essa tia avó? 
Depois, é o constatar dos termos, das expressões alusivas a isto, ou aquilo daquelas redes sociais, dos símbolos e, SOBRETUDO, da rapidez com que fazem tudo, mesmo que esse TUDO me tenha sido explicado nos minutos anteriores e que me continue a parecer um pouquinho chinês, ou então são eles que explicam rápido demais, sei lá!!
Mesmo sendo curiosa como sou, mesmo continuando a ter outras prioridades (e ainda bem) e mesmo achando piada a este novo mundo que nos entra pela vida adentro, nunca poderei competir com eles, com a rapidez com que mexem, põem, tiram, colam, ampliam, difundem, partilham, comentam, nunca poderei competir com a forma rápida com que aprendem e apreendem todas estas informações technos, mas mesmo muito consciente desta minha (alguma) inaptidão, vou interagindo com eles, tacteando e observando a piada que vão achando à mãe e às suas tentativas de explorar estes mares já por eles tão bem navegados. 
Bem, aventureira sempre fui e quero crer que a piada genuína que acham à mãe seja reflexo do muito amor que me têm e da certeza que da mãe, receberão sempre OUTROS MUNDOS diferentes destes e mais importantes... e isto não é virtual, acho eu...

Sem comentários:

Enviar um comentário