PAULINHA!!
Há muito tempo que trabalho com jovens. Não é fácil e por isso me queixo deles sem fim, que não cumprem, que não aderem, que temos que os arrastar à força para as coisas, que, que, que... Mas não consigo impôr-lhes essas coisas. Há mesmo coisas que não se impõem e pronto, sob pena de terem EXATAMENTE o efeito contrário. São coisas ditas, transmitidas e vividas, são testemunhadas, contadas e transparecidas, mas não se podem impor, como se a adesão completa e efetiva a essas verdades, já não fosse da nossa competência, mas sim da VIDA e dos seus caminhos que os hão-de moldar e fazer virar, para a esquerda, ou para a direita, restando-nos a nós acreditar (e esperar) que alguma coisa fique, lá nas profundezas e que os possa fazer marcar pela diferença, que os possa levar a ter um "quêzinho" de qualquer coisa especial, original, diferente, boa.
Farto-me de lhes dizer para não terem medo dessa diferença. Para não terem medo de se sentirem "especiais", acreditando e assumindo coisas importantes para si próprios. Farto-me de lhes dizer que o assumirem isso, os fará serem verdadeiramente originais e autênticos. Pelo menos, tenho esta experiência e pelo menos, gostava, a sério, que se identificassem com isso.
Às vezes, pergunto-me como é possível manter uma boa relação com eles e senti-los identificados comigo, sentindo-me próxima, cúmplice e entendedora dos seus mundos e das suas linguagens e formas de comunicar e ao mesmo tempo, manter os níveis de exigência, rigor, algum brio e outras coisas que tais que fazem parte da vida e que são tão importantes.
E então descubro, na maior parte das vezes, que este rigor, esta exigência e esta procura do brio e da cordialidade, lhes dá segurança e os faz aderir a um discurso que não passa de moda, que não é antiquado e com o qual se identificam. Será porque se assume este discurso como um discurso natural? Espontâneo? Estruturante? Será porque as coisas lhes são ditas, devolvendo-lhes a maior das liberdades de escolha? Não impondo? Só convidando, motivando e deixando depois para cada um a escolha que se quiser? Uma escolha livre e assumida?
Não sei... o que sei é que, apesar de me porem, às vezes, os cabelos em pé por não responderem às mensagens, por parecerem anestesiados em gadget's e outras coisas que tais, por não ouvirem, por parecerem sempre indiferentes ao que se lhes diz, por, por, por... adoro trabalhar com eles e agradeço-lhes o tanto que me ensinam e também o tanto que me fazem sentir próxima!
Ah! e muitos chamam-me Paulinha num tom sempre ternurento... será bom sinal, não?
E então descubro, na maior parte das vezes, que este rigor, esta exigência e esta procura do brio e da cordialidade, lhes dá segurança e os faz aderir a um discurso que não passa de moda, que não é antiquado e com o qual se identificam. Será porque se assume este discurso como um discurso natural? Espontâneo? Estruturante? Será porque as coisas lhes são ditas, devolvendo-lhes a maior das liberdades de escolha? Não impondo? Só convidando, motivando e deixando depois para cada um a escolha que se quiser? Uma escolha livre e assumida?
Não sei... o que sei é que, apesar de me porem, às vezes, os cabelos em pé por não responderem às mensagens, por parecerem anestesiados em gadget's e outras coisas que tais, por não ouvirem, por parecerem sempre indiferentes ao que se lhes diz, por, por, por... adoro trabalhar com eles e agradeço-lhes o tanto que me ensinam e também o tanto que me fazem sentir próxima!
Ah! e muitos chamam-me Paulinha num tom sempre ternurento... será bom sinal, não?
Sem comentários:
Enviar um comentário