quinta-feira, 29 de janeiro de 2015



 SORTE?


A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é um cuidado com os pormenores.
Winston Churchill




Não sei por que raio terei que ser assim, preocupada com os significados das coisas, necessitada de ver nelas uma intencionalidade, um substrato qualquer que lhes dê sentido. Não sei por que raio terei que buscar, buscar, buscar sem fim tudo isso nas evidências e relações que me rodeiam, tornando-me intuitiva, ativa e emocionalmente atenta a sinais, gestos, mensagens que não vêm escritas. Mas sempre fui assim. Também no que aos amores diz respeito. 

E não foi um amor à primeira vista o que senti quando te conheci. Por mais que ache glamourosa a ideia que se vê nos filmes, daqueles clicks assim super-sónicos de olhar, toque, ou expressão, cá para os meus lados não foi nada assim que se passou. Achei-te até um pouco irritante.
Depois, aos poucos, embalada pelas circunstâncias que nos aproximavam, comecei a descobrir-te e do alto da minha adolescência, hoje longínqua, esta preocupação com os significados já se fazia sentir, ajudando-me a ver com outra lente a pessoa em que te ias transformando para mim. E cresci contigo e tu cresceste comigo e descobri contigo uma série de coisas e tu também descobriste comigo as mesmas e outras coisas e isso aproximou-nos e cimentou uma relação que não é de conto-de-fadas, mas sim de vida real, de todos os dias, tangível e próxima, que se escreve assim com sapos e príncipes e princesas e todos aqueles e aquelas em que às vezes nos transformamos. E HÁ ESPAÇO para todos nessa vida.

Dizem-me, às vezes, que vou sendo caso raro no que toca à vida sentimental, que acertei e que depois tive sorte. Não sei se assim será. Gosto da frase do Churchill, aquela da junção dos pormenores, porque me torna um pouco agente de mudança e ação em vida e causa próprias e gosto mais dessa ideia que isenta o ACASO... 
Só queria mesmo, mesmo, mesmo a sério que esta sorte se espelhasse também nas aventuras (pode ler-se mudanças) profissionais que vou abraçando. Queria que um grande e profundo amor pudesse nascer daqui, como aquele outro que vivo contigo, que pudesse ter desalentos, zangas, sapos e príncipes, que tivesse significado e intencionalidade, que me fizesse brilhar o olhar quando dele falo, que pudesse encantar-me, mesmo com as marés tão contrárias que por todo o lado se fazem sentir.
Por que raio terei que ser assim tão preocupada com isto? Poderia só viver o dia-a-dia sem mais nada, deixando fluir... 
Pois poderia, mas não seria eu. 
É que gosto de pensar que isto pode ser um cuidado com os pormenores e isso, quem sabe, me possa vir a dar alguma sorte...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015



 - QUER FIGOS, MENINA?


2ª-feira de manhã. Pressa caótica, para não variar... À espera para pagar, numa estação de serviço. Por mais anos que viva, haverá sempre coisas deixadas para a última hora, como o abastecimento do carro, por exemplo que, se fosse na calmaria de domingo à tarde, preveniria este stress matinal daquela-manhã-chata-que-é-a-de-segunda-feira. Mas há coisas que não mudam e pessoas que não mudam e eu, serei uma delas quanto a isto diz respeito... A perna a dar a dar com uma impaciência já mal disfarçada. Miúdos à espera no carro, o relógio a correr, impiedoso. - Se ao menos o carro chegasse à escola, punha gasóleo depois, mas não dá para esticar mais é melhor não arriscar... A miúda da caixa é alta e novinha, mas nada sorridente. Tem um ar tão sério que lhe enfeia todo o ar. Como é possível as pessoas negarem-se tanto aos sorrisos? Seus e dos outros?
Oiço-lhe a voz atrás de mim... Tom familiar, parece-me conhecido por ali.

Mas que dia tão bonito, solinho mai'lindo - diz com tom agradável
- Ah, isto já piora, é sol de pouca dura - responde a miúda antipática, com voz antipática e cara antipática.
- Não diga isso, menina, este sol dá-nos ligeireza, até respiramos melhor...
- Ah, cá por mim, dá-me moleza... - encolhe os ombros com desdém para o simpático visitante.
- Mas temos que ser ligeiros, menina, que a vida não está para paragens...
- Sim, deve ser isso... por mim tinha ficado a dormir, tenho uma dor de cabeça... - e continua de ombros encolhidos, que lhe tiram o pescoço e o enfiam por um buraco no meio dos ombros.
- Olhe, chá de limão bem quente, com uma aspirina e isso passa-lhe...
- Não gosto de chá, é bebida de doentes... (adivinho-a já impaciente com o simpático velhinho).
- Ah, se provasse o chá da minha patroa, punha-se logo boa...

Não resisti e olhei para trás, já divertida com esta picardia gira entre positivo e negativo, simpático e antipático, doce e azedo, caloroso e amargurado, simples e complicado. Bem me parecia que era ele! A pele coradinha, como as pessoas loiras têm, mesmo as pessoas loiras que já têm os cabelos todos brancos, a cara redonda, olhos piscos pequeninos e um sorriso enorme, de tão enorme que parece maior que ele, que é baixinho.
Anda sempre pela praia para onde vou, na zona das casas a vender caixas de figos e mete conversa com quem está, preguiçosamente, a comer almoços tardios de Verão. - Quer figos, menina? - lembro-me de que é sempre a pergunta que faz e que precede uma amena cavaqueira de quem não tem medo que o tempo se acabe.
Paguei, corri para o carro e ainda fiquei a olhar para ele.
Velhinho giro, pensei... e apeteceu-me responder-lhe: - Não, hoje não quero figos, quero é chegar à tua idade assim...
E lá segui para a escola... Afinal, quem é que era velho?


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015




LOVE WRITTING


Havia numa das ruas, uma descida íngreme, quase a pique. Uma das minhas primas tinha uma bicicleta de corrida, daquelas que hoje achamos antiquadas, mas que na altura era um verdadeiro must, com os punhos enrolados muito para a frente, obrigando o condutor a curvar-se mais que o habitual. Eu não teria mais de 11 anos e os pés quase não me chegavam aos pedais que tinham uma armação em ferro à volta, para que os pés ficassem bem presos. Eu, destemida e aventureira (a quem será que a minha filha do meio sai?) adorava descer por ali em alta aceleração, querendo prolongar a sensação de velocidade (que permitia largar as mãos do guiador), do fresco do vento na cara, mas sobretudo do eco do meu grito que ressoava pela descida, como um rádio teimoso ligado lá longe. Adorava aquilo! E repetia, vezes sem fim a descida, perante o olhar apavorado do Nuno, mais tranquilo e temeroso que eu.
Esta e outras memórias povoam o meu álbum de recordações de infância, estas, minhotas e calorosas, na aldeia do meu avô.

Hoje lembrei-me do ECO. Deste que ouvia enquanto descia, provocado pelos meus gritos de prazer e risco e também dos outros ECOS, aqueles que provocamos nos outros. E lembrei-me disto por causa do que ela me disse hoje...  - Gosto tanto de ler o que escreves! Nunca comento, mas adoro, parece que estou a ver tudo... 
Não sei porque gosto de escrever, ou porque o faço. Só sei que é tão natural em mim, tão rápido e tão facilitado que o faço sempre que me apetece e apetece-me muitas vezes. Quando escrevo, sinto um prazer silencioso e magnífico, deleitando-me com a caneta a correr sobre o papel, ou com o click- click das teclas no computador. E como sinto prazer, repito o gesto quase sempre, preenchendo vazios de esperas, ou processando informações variadas da minha vida variada e um pouco louca. E é assim este prazer. Mas maior que ele é aquele que sinto em agradar um pouco quem me lê. Por isso, para ela e todos os outros, obrigada por estarem desse lado, porque é bom este ECO que vou dando e que também vou recebendo... como um rádio teimoso, ligado lá longe!

Obrigada!

P.S. Juro que não ponho a língua de fora...



domingo, 18 de janeiro de 2015




PASTELICE

(... da família de "pastelar"...)






Terei para todo o sempre este dilema aos domingos... Acordo cedo, acordo tarde, vou, não vou, acedo ao meu bioritmo preguiçoso ou nego-lhe o apelo e levanto-me, perco quase metade da manhã, porque fico na cama, ou ganho-a porque faço outras coisas?... Pois...

-Estavas a dormir profundamente, não te quis acordar.
-Opá, bolas, mas é domingo, claro que estava a dormir profundamente, que horas eram quando acordaste? Queria ter ido contigo!
Era cedo, para mim, para um domingo, para uma mancha de tempo à minha frente assim livre de horas e combinações. "Os pilares da Terra" fizeram-me companhia até tarde, na noite anterior, estou ao lado da vida daquelas personagens, a espreitar-lhes e a seguir-lhes o percurso o tempo todo. Diabo do homem, escreve mesmo bem!
As miúdas chegaram de um acampamento, o irmão estava a fazer trabalhos de casa, a casa estava silenciosa, o lugar ao meu lado da cama estava frio. Lá me levantei meia desconsolada. Nunca o tenho comigo até tarde, de manhã...! O nosso bioritmo será sempre diferente!
Embrenhei-me numa série de coisas aqui por casa e o domingo lá seguiu, pastelão, embalado por uma temperatura baixa que convida ao toque caseiro.
Agora o dia está quase no fim e a infinidade de coisas que tenho para fazer é muita. Vou segmentá-las no cérebro e na intenção e dividi-las pela semana, é o melhor. Ao domingo dou-me ao direito de (quase) nada fazer e isto, sabe-me pela vida, ESTA ANESTESIA, ESTE TORPOR... Chego a acreditar que é um mecanismo de defesa biológico...

E como me sabe pela vida, acho que vou deixar de me culpar com isto e aceitar-me assim e pronto, já tenho idade para isso... Esta pastelice vai sendo assim, sempre que possível, embora, confesse, me faltes lá um pedacinho pela manhã, ao meu lado... 
Hoje não me escapas! Afinal, o dia tem muitas horas, ou não é?



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015




FOGUETE, FOGUETE

(Às vezes viajamos de foguete para sítios maravilhosos...)

Estava particularmente cansada. O fim do dia arrastava-se sem fim e eu, só de pensar no que ainda tinha de fazer, arrepiava-me. Oh santas tarefas domésticas, que lindas sois!
-Eh pá, nem descongelei nada, se calhar tiro aquela embalagem com os peitos de frango e já invento qualquer coisa, que hoje nem inspiração tenho...
-Deixa mummy, que eu trato de tudo. -O ar foi desinteressado e fugidio para outra coisa qualquer que lhe estava a tomar a atenção, mas registei o dito como promessa inviolável.
Confesso, no entanto, que o meu cansaço nem me fez responder-lhe. Tomei como certo que me chamaria e tornaria a chamar, vezes sem fim. - O melhor é deixá-la, até me vai saber bem. Lembrei-me de mim própria aos 14 anos: Igual: voluntariosa, despachada, prática, desembaraçada na cozinha... Enfiei-me dentro das rotinas mortiças de final de dia e, ao longe, ouvia a música. Fui espreitá-la: som ligado, avental posto, ingredientes espalhados pela bancada, em modo-laboratório, porta fechada. Num piscar de olhos, fez um opíparo jantar, mesa posta, acompanhamentos diversos, loiça atrasada lavada e um P'RA MESA (!!) que me fez lembrar alguém... Foguete, foguete, foi do que me lembrei!
Sorri sozinha... ao fundo da sala, dentro do quarto, outro registo diferente, MARAVILHOSO, organizativo e calmo me passava à frente dos olhos: fichas de trabalho e matéria a ser revista, portefólios a organizar, documentos a selecionar. Tudo com rigor, sem música, com sossego, com método, responsabilidade e brio. Sorri para dentro outra vez! 

O jantar soube-me maravilhosamente, estava bom a sério e enquanto ríamos e falávamos todos, nem sempre de forma calma, mais vezes sim, em modo-agitado-tipo-família-de-malucos-mas-que-se-ama-muitopensava na diversidade maravilhosa que tenho em casa e na diferença tão marcada que tenho impressa nas minhas filhas. UM (a) DOCE E UM (a) AGRIDOCE ao vivo e a cores, mesmo e o melhor de tudo é que ainda tenho um terceiro filho que me faz aumentar esta paleta de sabores e cores, todas diferentes, mas todas maravilhosas!
Bolas, isto há coisas mesmo fixes!



terça-feira, 13 de janeiro de 2015




HÁ TANTOS DIAS? 
A SÉRIO?


Eram amigos dos meus Pais e lembro-me, quando era miúda, de serem presença assídua lá em casa. Os filhos eram nossos amigos, com idades próximas das nossas e sei, hoje, que eram como alguns casais amigos que agora também temos: cúmplices, próximos e quase sempre juntos. Andavam sempre de mão dada na rua, ao contrário dos meus Pais, não se inibiam de ter manifestações de carinho também à frente de todos. Ele era de uma atenção melosa para ela e eu, menina pequena, com um quê de princesa, ficava deslumbrada. Foi por isso um choque, quando, já adolescente, soube que se iam separar. Não podia ser! Esse casal? Impossível! Perguntei à minha mãe se tinha a certeza, tal foi o espanto. Aí já com outra (alguma) maturidade, passava em revista todos os flashes de infância e alguma superficialidade vinha à tona, mesmo que ainda não soubesse explicar porquê e a solidez/verdade que sentia nos meus Pais, não sentia, de facto ali. 

Hoje, tenho 42 anos e sou romântica, quem me conhece sabe que sim. Gosto de ver filmes de amor, mas que tenham substrato, acho que o quê de princesa remoto da infância se mantém, mas com outros moldes, já adultos e bem trabalhados. Gosto de um homem que seja bonito, mas que tenha, sobretudo, um quê de eloquente, que seja inteligente, verdadeiro, íntegro e bem disposto, que se disponha a rir de si próprio, às vezes, como se soubesse que isso é uma receita boa para os dias difíceis, que goste de mim, mas que não se deslumbre com o que não vale a pena, que me conheça por dentro e por fora e que se sinta unido a mim por um sentimento que respeita e que quer preservar, no fundo, que saiba ver mais além, com aqueles olhos e sentidos que alguma sensibilidade traz. Gosto de um homem que tenha um sentido prático e descomplicado que a vida tem que ter, que me mime, mas que seja também um homem dos dias de hoje, da vida real de hoje, dos problemas de hoje, das solicitações de hoje. Um homem que viva comigo uma vida real e não virtual... 

Bem, já não será pouco tudo isto... sei que há dias em que acho que não és nada disto, porque estou zangada, aborrecida, stressada, cansada, ou outra coisa qualquer, mas a vida real tem destas coisas assim: cabemos todos, todos os dias, nos espaços que queremos criar, nós e os nossos estados de espírito.
E sabes? Mesmo que não sejas meloso como aquele de que falava no início deste post, és infinitamente melhor. É que tens uma verdade que não intuía por lá... e sim, também te amo muito, há esses dias todos!



OBRIGADA PELA MSG, ADOREI...
P.S. Quem te disse que não eras romântico?

sábado, 10 de janeiro de 2015





SODA (TOM) CÁUSTICA (O)


Não sei que volta dar a isto, nem de que forma este ódio irracional deixará de existir. Cresci com isto, com estas notícias recorrentes, destas duas facções que não se entendem. Este ORIENTE/OCIDENTE divididos em culturas, hábitos, guerras e conflitos que quase nunca coexistem pacificamente, este suceder de histórias em que este choque se tornou violento demais... 
Pois, corre-se mesmo o risco de se ficar imune, à conta de tanto se ouvir.
Estes miúdos e miúdas, nascidos ou criados numa Europa que os acolhe, mas que aprendem a odiar, embarcando numa cegueira estupidificante a que chamam religião, estes homens e mulheres que se martirizam voluntariamente, em nome de um deus que não pode ser assim, arrastando atrás de si uma série de mortes de pessoas inocentes, este exacerbar do terror genuíno, que nos pode levar a, involuntária e rapidamente, começar a generalizar tudo, confundindo uns por outros e todos por uns!
Pois...
Não é religião coisa nenhuma, é estupidez, fanatismo, ignorância, despeito, desejo de vingança cega e estes, todos estes, são terreno fértil para o que há de pior, isso é certo. 
Cá por mim, como não quero ficar imune, apetecia-me mandá-los todos a um sítio direitinhos, com cem virgens lá à espera, ou sem ninguém... não importava... é que às vezes, sabe bem este tom assim, cáustico!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015





CACOS

E pronto, sobrevive-se, a sério; o primeiro dia depois desta pausa, aparece impiedoso (porque não falha), mas maravilhoso também por isso, por  surgir como uma dádiva para quem está vivo, para quem tem uma rotina que lhe preenche os dias, para quem acha, como eu, que a normalidade é tão boa e dá-nos uns ares tão bons de felicidade, daquela assim diária, corriqueira e tão banal.
Sim, adoro parar, estar de férias, sair da rotina. Sim, isso funcionará sempre como um oxigénio maravilhoso, que me faz bem e me insufla a alma  de tudo e de nada, como referi, mas tenho que dizer que este regresso aos dias de todos os dias, também tem em mim um efeito terapêutico... faz-me sentir-me assim a modos que normal... mesmo que nesse dia amanheça em cacos, às 7 da manhã... Pois, valem-me os cafezinhos, que esses, não falham... por enquanto!
E depois, a sério, os caquinhos vão-se juntando, não custa...





P.S. Ainda posso desejar um bom ano?

domingo, 4 de janeiro de 2015




PURO DELEITE....


De volta à normalidade imperiosa, até sinto algum alívio, a sério. A rotina dos dias faz-me bem e ajuda-me a voltar ao ritmo, ao metabolismo de sempre, à azáfama conhecida e aceite como minha, às horas que passam e à agitação que me faz sentir viva.
Não parei muito para pensar em determinações sérias para 2015, objetivos de vida, metas e prazos para cumprir isto, ou aquilo. Não tenho muita paciência para isso, acho mais que o futuro chega todos os dias um pedaço, como uma dádiva repetida que nos deve fazer responsáveis, mas sei que de cada vez que sorria entre amigos e queridos, de cada vez que olhava para cada um dos meus filhos, de cada vez que inspirava o mar e sentia o brilho maravilhoso deste sol do sul, tudo se resumia a uma infinita gratidão por todos eles e por mim. 
E aí, cabe o 2015 todinho!

Sei que a semana se avizinha dura, com ritmos imperiosos e cruéis que se querem fazer cumprir, mas também sei que estes dias de deleite de tudo e de nada, funcionam em mim assim como um energizante bem potente que me faz aguentar... até entrar no ritmo outra vez.

E para já, fica isto...