sexta-feira, 7 de novembro de 2014



ECOS


Às vezes paro na imensidão do trânsito e respiro fundo; às vezes obrigo-me a sentar-me, com uma revista, jornal, ou livro, num sítio de eleição; às vezes vou espreitar o mar e inspirar uma maresia que me envolve inteira; às vezes escrevo para libertar ecos que vêm cá de dentro; às vezes ando a pé tempos sem fim, só eu, uma música qualquer e o ritmo de uma respiração que é a minha; às vezes disponho-me a organizar sozinha, sem ritmos de outros a ditar-me as horas, as pontinhas de uma vida preenchida; às vezes repito sem fim músicas minhas, na esperança de que façam ligação direta com o setor das sensações e sem traumas de gostos old fashioned e então é aí, nesses momentos em que paro, que me sinto preenchida.
São absolutamente vitais para mim essas paragens ocasionais, que às vezes duram só minutos. Para mim são inteiríssimas e restituem-me a outra parte de mim que às vezes anda tão fugida. E lá, nas profundezas de mim, estás sempre TU e ainda bem, porque me fazes falta e porque te escolhi...
Hoje apeteceu-me dizer (te) isto...




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