MÃE CATAVENTO
E não parei um segundo ontem. Senti-me um catavento, daqueles de ferro, que não vergam, mas que rodam, rodam sem parar, em dias de muito vento, em cima dos telhados empinados. Vi-te feliz, mas sempre apressado, tais foram os tantos afazeres que encheram o dia. Vi-me no meio de todos eles, a geri-los, a assegurar-lhes uma retaguarda sempre necessária. E o dia passou, alegre, cheio, cheio, cheio e tão rápido que quase não tive tempo de parar e de o saborear. É verdade...
E hoje parei e recordei o dia de ontem e lembrei o teu riso, a tua expressão, a tua alegria, a tua pressa. E hoje lembrei a mãe catavento no telhado empinado e ri, não dela, que lhe tenho muito respeitinho, mas da alegria de te ter comigo, lindo, saudável e já mais crescido um pedacinho.
E isto bastou-me para o dia de hoje... ficou CHEIO, sabes?
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