segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
COISAS EM CATADUPA E OUTRAS VERDADES...
Este post, deste blog fez-me pensar nisto. Lido com muitos miúdos, de várias idades. Sei que lêem pouco, discutem pouco, preocupam-se pouco com questões que lhes sejam alheias. Salvo raras exeções, percebem pouco do que se vai passando à sua volta, mesmo que tenham um acesso à informação super privilegiado e super diferente do que era antigamente. Essa informação chega-lhes em catadupa e não param para filtrá-la, interpretá-la, retirar-lhe tutano e sumo, para que se transforme em conhecimento. Para isso, seria preciso tempo e serenidade, para processar essa informação, coisas que eles não têm facilmente, atabalhoados em vidas apressadas e cheias de coisas para fazer. Às vezes acho que o excesso de estímulo, os atordoa, como se ficassem encadeados e tontos como uma mosquinha à volta da luz. E depois, muitas vezes, acabam por achar que o melhor é mesmo não assumirem nada, não tomarem posições, não vão para aí arranjar problemas. Pois...
Acho que esse pode ser o pior dos males... Gente amorfa, nem quente, nem fria, sem opinião, sem amplitude de conhecimentos, sem saber conversar, sem interesse pelo que se passa à sua volta, sem ângulos de visão diferentes daquele do seu mundinho colorido, virtual e egoísta. Sim, estou cáustica, mas este é um assunto recorrente lá em casa. Digo-lhes que serão muito mais interessantes e encantadores se forem pensantes, opinativos, consensuais e respeitadores, mas sem se anularem do que pensam. Este equilíbrio de forças terá que ser uma descoberta, mas é o único caminho possível para se tornarem irresistíveis.
Haverá coisa melhor que um homem ou mulher que pensam?
Pois, também acho que não...
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
SENHORES DO MEU AMOR MAIOR
São três e cada um deles diferente dos outros. São três e cada um deles me suscita uma preocupação diferente. São três e para cada um tenho que ter um prisma de análise diferente, como se os olhos fossem os mesmos, mas a lente tivesse que mudar. São três e deles me traz, o dia-a-dia, conversas diferentes, dilemas diferentes e sorrisos diferentes também. São três e todos e cada um senhores do meu maior amor. São três e por cada um tenho que me superar e agir, às vezes, sem livro de instruções, baseando-me só num ingrediente que uso em todas as receitas: a intuição.
Fogo, ainda bem que estás comigo nisto. É que nos meus amores maiores ainda cabes tu, inteiro e isso dá-me outra força, a sério...
Luv u!
domingo, 22 de novembro de 2015
CINEMA, ADORO SEMPRE...
E pronto, lá fui ao cinema fazer um bocadinho o gosto do fim‑de‑semana passado. Fui sozinha, ao final da tarde. A sala estava semi-cheia. Bom filme! Adoro o Chiwetel Ejiofor acho-o super charmoso e talentoso, gosto da Nicole Kidman e da Júlia Roberts. Um drama/ policial bem interpretado que nos leva até aos meandros da natureza humana, aos esquemas políticos por conveniência e à amizade leal. Levou-me até à questão: Até que ponto a vinganca nos liberta? Bem a propósito nos dias de hoje, achei... E lembro-me da cena em que o ator principal diz qualquer coisa do género depois de constatar uma vinganca consumada: " é que parece que tens um milhão de anos"...
Adoro cinema, por isto, por este remoínho de sensações, esta viagem para coisas fora de nós...
Foi um final de tarde perfeito. Só faltou uma coisa: teres ido comigo...
E aqui fica um cheirinho...
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
JE SUIS PARIS
(ainda Paris...)
Estava à espera da Diretora de Turma à porta da sala de professores. Tinha qualquer coisa na mão. Fui eu que o apanhei, assim de fugida e disse-lhe que a professora não estava agora ali. Pediu-me que lhe entregasse a vela. - Para que queres tu dar uma vela à professora? - É para pôr ao pé do meu desenho - disse-me quase em surdina. Espreitei, de relance e não vi nada, onde estaria o tal desenho? Mas que sim, que ficasse descansado que lhe daria a vela. Ficou na minha mala até ao dia seguinte. Não vi logo a colega e no dia seguinte tinha-me eu esquecido da vela. -Trago-ta amanhã, ok? Afinal disse ao miúdo que ta dava! Ela explicou-me o que era. O miúdo tinha feito um desenho da Torre Eifel e queria, porque queria pôr lá a vela, perto. Olhei para o desenho. Estava noutro placar. Lindo, super bem feito, com um dístico a dizer JE SUIS PARIS, isto vindo de um miúdo que tem tantas dificuldades no resto, em quase tudo o resto. Gostei do gesto. Gostei da lembrança. Gostei do grande que é um miúdo destes fazer isto, assim, sem mais nada. O desenho lá está. A vela também. Gostei, a sério. Apeteceu-me dizer à colega, diretora de Turma, com quem fiz sintonia logo desde o início, que sim, tudo o que defende para aqueles meninos e tudo o que defende para a escola passa por aqui, por acolher gestos destes, vindos de meninos destes, de onde se espera tudo menos um desenho lindo e uma vela por Paris.
Ufa! Às vezes respiro de alívio por nem tudo estar perdido...
P.S. E ontem, um amiguinho contou-me que perguntou, na escola, o que era isto do que aconteceu em Paris e do Estado Islâmico e tal e que lhe responderam que não eram assuntos para discutir ali...
Pois...
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
ESTALOS NA CARA...
(às vezes dão para acordar...)
Quando lia por aqui, por estes caminhos blogosféricos, estas palavras, desta mulher que admiro, pensava que, de facto, há coisas infinitamente maiores que nós que têm que nos devolver a pequenez que temos e de que somos feitos. Há coisas infinitamente maiores que nós que reduzem ao ridículo dos nossos dias e horas muitas das preocupações que temos, tão mesquinhas, tão insignificantes. Há coisas tão maiores que nós que têm que nos dar estalos na cara, dia a dia, hora a hora, esbofeteando a nossa soberba e mania das grandezas. Há coisas tão maiores que nós, tão maiores, tão maiores...
Está-se assim hoje, cá para estes lados. Sem paciência para mesquinhices, segundas intenções, dilemas existenciais de quem não tem mais nada para fazer, pensar, ou ser. Sem paciência para explicações exaustivas de coisas que são claras como a água, mas que outros não entendem, porque não querem, não questionam, não pensam, porque são formatados a esquemas que sempre tiveram e não querem deixar de ter. Eu, como tenho... mais que fazer, mais que pensar e mais que ser e sobretudo, porque não me quero esquecer de que há coisas maiores que eu, aí por todo o lado, que reduzem estas de que falo, ao que são mesmo, PORCARIA, acho que por hoje tenho dito!
A sério!...
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
PARIS
Sempre fui otimista, sempre achei que as coisas, no geral, acabam por correr bem e sempre achei que pensar muito sobre elas, às vezes, não nos faz bem. Por isso, dei sempre um quê de arrojado à minha vida, arriscando aqui e ali, desta ou daquela forma, fazendo mais assim, ou mais assado, muitas vezes sem uma rede completamente pensada, ao milímetro, por baixo. Não, não sou leviana e sim, peso prós e contras e enquadro-os na minha realidade, mas acho que um quê de aventura, risco, futuro, romance, até, darão sempre pitadas de sal que dão sabor. Mas isto sou eu...
Agora, para isto, para esta iminência do mal em todo o lado, do medo, do imprevisível horror que nos pode, em forma de bomba, cair em cima, não estou preparada, não quero estar preparada, não quero convencer-me que terei (teremos) de passar a viver assim, como se esse medo e horror tivessem que passar a fazer parte de nós de forma tão automática que levem a definir maneiras de estar e posturas que temos na vida. Com todos os riscos de dizer agora um lugar comum, quero passar aos meus filhos a ideia de que têm que ser otimistas e felizes, acreditar na Humanidade e pensarem que o mal existe sim, existirá sempre, mas o bem pode ser (é) infinitamente maior e melhor. Quero que percebam que não vivemos num castelo de princesas, onde a história acaba sempre bem, com aquela frase linda do "viveram felizes para sempre", mas que pensar em finais felizes nos dar-nos-á sempre uma sensação boa, trazendo ao de cima os nosso melhores sorrisos.
Pensar assim pode dar ideia de que sou ingénua... Pois, é outro risco que corro. Mais um... Mas na verdade, o que eu acho é que é apenas uma vontade de não desistir. Se desistir, não estarei morta já?
P.S. Estive em Paris numas férias maravilhosas, com o meu filho mais novo na barriga. Será sempre essa lembrança de luz, otimismo, felicidade e futuro que terei quando pensar em Paris.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Apetecia-me, amanhã, acordar às 11 da manhã e ficar a fazer ronha. Esquecer-me da casa à minha volta e fazer uma inspiração prolongada de nada, só de ar e preguiça de fim‑de‑semana. Apetecia-me ir almoçar fora, com requinte e sossego e depois ficar numa esplanada a ler, apanhando este sol de novembro que dizem vir de lendas e histórias que passam para nós. Apetecia-me depois ir ao cinema e beber um café, daqueles com natas verdadeiras e um pauzinho de canela para mexer. Apetecia-me ver um compacto das minhas séries na televisão e deitar-me contigo, mesmo que não tivesses visto nada, mas estavas ali comigo, porque sim. Apetecia-me acordar com sol, fazer uma corridinha rápida ou caminhada, almoçar peixe grelhado e pronto, olhar para a casa um pedacinho para também não parecer mal. Apetecia-me comer umas castanhas assadas, de um cartucho cheio, sem nenhuma estragada e ficar com as mãos sujas das cascas farruscadas. Apetecia-me passear ao fim da tarde, ver pessoas e sítios que com a calma têm outra cor e outro som. Apetecia-me ler mais mais e ficar de pijama cedo, à tardinha, com pantufas nos pés, preparando a semana que ia entrar e deitar-me tarde outra vez, porque é sempre assim quando o fim‑de‑semana acaba. Apetecia-me ter-vos a todos por ali comigo, a juntarem-se aos meus programas, mas sem pressas ou correrias, só juntinhos porque sim, faz parte e é minha já, esta realidade que adoro. Apetecia-me ter-te a ti, só para mim, com calma, como acontece sempre que a pressa não anda atrás de nós.
Pois é..
O meu fim-de-semana não vai ser assim... Nem de perto, nem de longe. Mas também sei que o mundo, a vida, as coisas e as pessoas têm muitas cores diferentes... e momentos... e tempos e espaços.
E não é que somos felizes também?
O meu fim-de-semana não vai ser assim... Nem de perto, nem de longe. Mas também sei que o mundo, a vida, as coisas e as pessoas têm muitas cores diferentes... e momentos... e tempos e espaços.
E não é que somos felizes também?
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
LUNCH DATE
Há sim coisas que ficam por dizer, escondidas atrás da pressa dos dias. Há sim coisas que aguardam dias bons e melhores momentos para serem ditas. Há sim coisas que cedem ao sono e ao cansaço e às urgências sentidas do diálogo. Há sim coisas que, se quisermos, são esquecidas sem dó ou piedade. Porque a vida corre, porque nela somos levados, se deixarmos...
Mas como as prioridades na nossa vida somos nós que as fazemos e as urgências somos nós que as definimos, não as queremos mesmo esquecer e continuam vivas e límpidas cá dentro do nosso cérebro e pensamento. Depois, é só priorizarmos o dia bom e o momento certo para as dizer. Pormos isso na agenda, como aquelas marcações importantes que não podemos (nem queremos) esquecer.
E é por isso que resulta. É por isso que não nos anulamos ou desviamos do essencial. E é por isso que o equilíbrio se vai mantendo, mesmo ao fim destes anos todos. E é por isso que te descubro sempre. E gosto de cada pedacinho.
Fogo, adoro os nossos almoços...
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
PACK COMPLETO
Serás sempre encantadora se fores assim. Serás sempre interessante e marcarás sempre pela diferença. Nunca te esqueças disso: a eloquência, a verdade, o conteúdo, tornar-te-ão sempre naturalmente sedutora e irresistível. Mesmo quando se diz e apregoa que não é isso que atrai. É sim, filha, é isso que atrai, que marca, que torna único e maravilhoso e que torna o resto ainda mais lindo, como se isto da beleza tivesse direito a um pack completo. Filtra a informação, processa o que te vai acontecendo, redefine objetivos, antecipa maneiras de estar e posições e ri, ri muito do que te vai acontecendo. Isso purga azares e dá-te uma leveza que só a inteligência emocional e o riso sabem dar.
O resto, bem, o resto a vida te irá dando, princesa, sem grandes stresses e com a calma dos anos a passarem por ti.
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