MOINHOS DE VENTO?
- Mas o sítio é ótimo, saem super bem preparados, há rigor e preocupação com as metas, em termos de preparação académica não há melhor. Se tivesse que optar, era mesmo lá que poria um filho.
- Pois, ok, acredito e reconheço muito disso que dizes, não sou inflexível, dependeria do filho e do contexto específico, mas, no geral, continuaria a não preferir. Privilegio uma escola que contemple também outras coisas, outras aprendizagens, que aposte em coisas que não aparecem SÓ quantificadas nas metas. Conheço muitas escolas dessas de que falas, mas também destas de que falo, muito suportadas pelo trabalho dedicado, maravilhoso e (às vezes) hercúleo de muitos professores. Já tenho alguns anos disto e sei do que falo! Reconheço que às vezes é preciso escolher, ou ter um pouco de sorte, mas não é linear, isso de que falas.
Ficou a olhar para mim incrédulo. Outras aprendizagens? Outras coisas? Que não se quantificam? O que é isto? - deve ter pensado- esta está maluquinha!
Pois, se calhar estou mesmo... Se calhar sou como o D. Quixote e continuo, cega, a enfrentar moinhos de vento que não existem, mas depois lembro-me das Educadoras e Professoras que os meus três filhos tiveram, depois lembro-me de tantos e tantas colegas que contrariam esta tendência implacável de nos tornar números, depois lembro-me de sítios e pessoas tão mágicas que conheci e que descobri e que me faziam acreditar no meu trabalho, depois lembro-me de diretores e diretoras de escolas por onde passei que tinham (ainda) a ideia de projeto, de arrojo, de desafio que a EDUCAÇÃO pode ter e ser e depois lembro-me de posts como este da Rita Ferro Alvim, que li hoje e penso, bem, talvez não esteja assim tão maluquinha... afinal, somos ainda muitos a pensar assim!
E às vezes, este "espírito de corpo", não me deixa desistir...
UFA...
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