sábado, 19 de dezembro de 2015





FELIZ NATAL
(e sorte grande...)


O sossego devolve-nos a calma e a forma certa de olhar para as coisas, dando-lhes tudo aquilo de bonito que elas têm, como se tivessem todas uma cor e um cheiro que só com calma vêm até nós. A pressa de todos os dias se calhar tira-lhes um bocadinho do verdadeiro tom e da verdadeira cor. 
Pude preguiçar hoje sem hora marcada de manhã. Pude estender-me numa esplanada de sol algarvio e deixar o pensamento organizar-se por cada um dos assuntos pendentes que por aqui paira. Pude organizar-me sem ter de ir a correr para sítio nenhum. Pude almoçar muito tarde, sem culpas de atrasos chatos que andam sempre atrás de mim. Pude sentar-me contigo no jardim de casa sem ser preciso falar. Pude sentir que sim, a felicidade acontece assim do mais simples que há e às vezes sem falar. Pude olhar para tudo e ver nestas coisas um bocadinho de nós, com história e peso e tanto para contar. Pude ver que sim, as coisas têm o peso e sentido que nós lhes quisermos sempre dar. Pude sentir-te ali assim, quieto ao pé de mim, só ali sem mais nada. Pude saber que sim, que é esta a sorte grande, a de te ter, comigo, todos os dias, assim só, inteiro, grátis, completo e só para mim. 
Pude sentir o Natal, aqui já tão perto e saber que se calhar ele é só assim... simples e terno, quieto e seguro, forte e sentido. E é só este Natal que quero hoje partilhar.
Às vezes, basta só isto...



FELIZ NATAL

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