sábado, 18 de julho de 2015




CANÇÃO DE EMBALAR


Não conseguíamos hoje chegar à praia, com tantas coisas para resolver, tantas delas alheias à nós, mas pronto, lá fomos para uma das nossas praias de eleição, com acesso (quase) restrito a poucos (ainda!).
Miúdos connosco, barulho e confusão. Fomos dar um mergulho à costa. Dunas e mar, só. Ninguém no horizonte mais próximo... Água quente, um caldo, mergulhos sucessivos e corpo logo, logo seco. Deitei-me na toalha e ouvia-te respirar ao meu lado. Pus a cara naquela curva que adoro, que vem do teu queixo até à dobra do ombro. Sentia a tua barba a picar-me e enlevei, embalada pelo barulho do mar, o vento e nada mais. Sei que passei pelas brasas, assim sem mais nada. Sei que esses minutos duraram pouco. Sei que os miúdos ouviam-se ao longe. Sei que consegui descansar um bocadinho. Sei que logo voltei à realidade. Sei que me soube bem.
A felicidade não tem receitas... pois não, de facto, não tem... mas terá momentos destes, assim, pequenos em minutos, mas grandes de outras coisas que lhes damos.




E aqui fica a foto possível, ainda tu dormias, embalado pelo mesmo mar...

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