CINDERELA...
Tudo o que me apetecia era um duche quente, umas meias de lã, uma caneca de chá de menta e um compacto de episódios das minhas séries da Fox. A lareira acesa também podia ser, hum, tão bom... Sentia o cérebro vazio, ôco e o corpo moído de cansaço. Gelei quando me lembrei do compromisso à noite!
-Céus, a sério? Não acredito... Ainda tive a tentação de lhe dizer que fosse sozinho, mas não fui capaz. Arrastei-me para o duche e acho que transpus para aqueles momentos em que me arranjava, toda a minha rabugice de menina pequena que tem que fazer uma coisa contrariada.
-Céus, a sério? Não acredito... Ainda tive a tentação de lhe dizer que fosse sozinho, mas não fui capaz. Arrastei-me para o duche e acho que transpus para aqueles momentos em que me arranjava, toda a minha rabugice de menina pequena que tem que fazer uma coisa contrariada.
Mas lá me arranjei, não podia faltar, pois então! Há coisas e coisas...
Fico sempre insegura nestas coisas. A coqueterie nunca será o meu elemento. Dêem-me uns ténis, um estilo casual, acessórios giros, mas práticos e essa sim, essa serei euzinha... Uma Cinderela cá ao meu jeito, agora o resto, pode ser quase um suplício, a sério, mesmo com esta idade...
Despachei-me rápido e fiquei pronta. A noite passou depressa e foi agradável, sinto-me sempre bem ao seu lado, dá-me alegria e segurança, mas o cansaço persistia e alguma (ligeira) falta de paciência para tanto eventos (forçadamente) natalícios, faziam-me querer ir para casa. De vez em quando lembrava-me da frase do meu filho, -estás bonita, mamã e pensava que, de facto, seremos sempre bonitos aos olhos dos que nos amam e isso é tão bom!
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