PINGOS DE MEL
Quando me sinto agitada interiormente, transpiram-me as mãos, respiro com mais pressa, o meu olhar é mais rápido por aqui e por ali, a postura corporal irrequieta-se, os gestos parece que tomam o jeito repetitivo e maquinal dos tiques nervosos e tudo isto vai variando de intensidade, conforme o grau de maior, ou menor agitação. Repito para mim própria frases terapêuticas, faço exercícios de "entrega" a desígnios maiores que possa ainda não conhecer e enfim, socorro-me de algumas estratégias que invento, ou recrio, ou adapto de outras, para ir lidando com estas questões que me podem desassossegar mais... e assim chego ao fim deste pastelento e maravilhoso Verão!
O Sr. Outono começa amanhã e eu nem me lembrei disso durante todo o dia. Tenho vivido o dia-a-dia desta última semana, suspensa numa corda bamba de decisões profissionais que me têm preenchido o sossego. Sim, é possível "preencher o sossego" e desassossegá-lo, desinquietá-lo, como se ele insuflasse, ou se encolhesse de forma irrequieta e barulhenta, ao sabor do que vamos vivendo. Eu cá preciso do meu sossego bem paradinho, para vir de dentro, me dar tranquilidade e me permitir viver esta vida desassossegada que tenho!
Enfim, certo como as certezas de uma tabuada, ele lá foi chegando, disfarçado de muitas formas: exercícios de serenidade e paciência, pessoas que estavam no meu caminho e que me iam tornando mais suave a indefinição (estou tão grata a tantas e tantas e tantas... vejo-as agora todinhas aqui...), momentos da vida preenchidos com os NADA e os TUDO dos meus, aos quais me agarro quase em modo náufraga, mas sobretudo (tenho que ser justa!!) pelos olhos dos meninos e das meninas que me povoaram a vida nestes dias! Estes olhares são uma coisa maravilhosa, são pingos de mel e fazem-me pensar, de forma nada imparcial, que tenho a melhor profissão do mundo. E quando esses olhares são acompanhados de frases tão genuínas, espontâneas e verdadeiras que tenho oportunidade de ouvir, ditas só para mim, então o sossego chega de facto e, mesmo que não seja para sempre, porque a vida o empurra para lá de nós, por outras coisas quaisquer, foi por bocadinhos maiores que nos devolveram a paz. Por pudor, não dei a este post, o título desta frase, deixo-a agora só aqui no fim, mais recatada e discreta, mas ela paira aqui dentro de mim, como se ainda ouvisse o seu dono, menino de uns olhos grandes e vai fazendo um eco teimoso do qual não me quero libertar, porque vi, pelos olhos de todos os outros, que talvez ele lhes lesse o pensamento...
Paula, és linda e eu gosto de ti... vais ser minha professora, a sério?...
Por isto e só por isto, ainda vai valendo a pena...
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