BURACOS DE TEMPO
Já tenho dito aqui que adoro tudo o que escreve e que gosto de me imaginar com a sua idade assim, um bocadinho parecida na maneira descomplicada de ser. Sigo-a há muito tempo aqui na blogosfera e admiro o seu percurso profissional, mas sobretudo pessoal.
Também gosto, às vezes, de estar sozinha. Preciso, às vezes, de estar sozinha. Para mim, para as minhas coisas, para os meus timmings, para os meus assuntos, para os meus enredos. Só para estar. Se não consigo, durante algum tempo, estes buraquinhos egoístas de tempo, vou ficando em desequilíbrio, em défice. Mas nesses buracos cabem também outras coisas e não estou sempre sozinha: cabe o ócio saudável, a leitura, a escrita, o cinema, o desporto, ou até um café com uma amiga especial, a conversa que se põe em dia, a cumplicidade que se sente, as palavras que se jogam fora, mas que nos dão o OUTRO de graça, assim... E assim me vou equilibrando.
Depois, revigorada, volto à minha vida agitada com milhares de assuntos para tratar, volto às solicitações dos meus, que são tantas e me absorvem tanto, volto aos registos de trabalho, de esta e daquela e da outra atividade em que me envolvo, volto à correria e à pressão que também me faz bem, porque me faz resolver assuntos e tomar decisões. Volto a mim e à minha faceta social e extrovertida.
Pois é, sou assim, é verdade.
E hoje, num buraco de tempo que vou ter, tirado a ferros, porque às vezes também tenho que os obrigar a aparecer, sei exatamente o que me apetece fazer...
P.S. Post dedicado a uma amiga que me faz assim, como que ... carregar baterias!