segunda-feira, 9 de outubro de 2017





VERDADEIRINHO DA SILVA


Às vezes penso na reação das pessoas ao lerem este blog, as que lêem. E se isso nunca foi uma preocupação para mim, ao longo destes anos, farto-me de dizer, e é verdade, já que escrevo sem freio, ou filtro editorial (o que quer que isso seja)sem a preocupação de pensar quem está a ler, ou o que poderão pensar, tal e qual o caderninho preto de que às vezes falo; dei hoje dei por mim a pensar nisso: fogo, acho que consigo ser chata, ou então muito nhónhónhó, sempre a falar no mesmo, 
nos filhos, no marido, no trabalho, no que sinto, no que achei, no que vivi, naquelas lamechices que devem soar para muita gente a Nicolas Sparks, ou Nora Robertsque não há pachorra (que me perdoem os aficionados, porque não li nunca nada deles e posso estar enganada, mas é a ideia que tenho...).
  
Sim, sei que há vidas muito mais interessantes, luminosas e cheias de coisas para dizer, opiniões mais consistentes, eruditas e informadas, escritas mais elaboradas e/ou argumentativas, textos mais intencionais e expositivos, mas eu gosto de escrever sobre o que me preenche e esse preenchimento é dado por coisas tão simples, que me questiono como é que um POUCO pode dar tanto que dizer, assim numa infinitude de assuntos que não acabam. 
E que bom a minha vida simples ter tantos assuntos que não acabam, mesmo que tenham, tantas vezes os mesmos sujeitos. Que bom sentir de vez em quando um click delicioso de os querer passar para este papel virtual que substitui o caderninho preto. Que bom sentir que, apesar da (suposta) pouca originalidade, tenho tanta gente que me lê e que se identifica. Que bom sentir que escrevo de coisas simnples, que afinal são tão intensas. Será sinal de autenticidade, suponho... Deus queira que sim, porque lá verdadeirinho da silva é este blog. E que assim continue. Mesmo que às vezes me passe pela cabeça que é nhónhónhó.
Hoje, apeteceu-me dizer isto!


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