sexta-feira, 2 de dezembro de 2016






SELFIES PARVAS EM DIAS NORMAIS



O dia acordou preguiçoso, como eu acordo sempre quando posso dormir até tarde. Choveu bastante de manhã e o tempo passou-se por entre afazeres e preguiça doméstica. Tão boa, esta sensação de casa-e preguiça-e-preguiça-e-casa...
Não fizemos nada de especial no resto do dia, ou de deslumbrante, ou de inesquecível, ou de mágico, insólito, exêntrico. Não fomos a nenhum sítio hit, cheio de gente. Não fizemos compras de Natal. Não corremos atrás do relógio para cumprir compromissos parecidos aos que sempre temos. Não nos afogueámos em pressas sem sentido.
Não. O que fizemos foi tão normal, que corre o risco de ser desinteressante. Mas é esta normalidade que te devolve a mim, àquilo que conheço de ti, àquilo que gosto em ti, àquilo de que não prescindo.
E é desta normalidade que é feita a redescoberta que faço sempre: o amor precisa de toque e cheiro e dia-a-dia e conversas e risos e diálogos e projetos e zangas e perdões e sorrisos e expressões e de outras coisas normais e é assim e só assim, nessa normalidade, que ele sobrevive de verdade. 
Foi um dia maravilhoso.

P.S. A foto não é das melhores, mas o céu estava lá atrás de nós, azul e deslumbrante.

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