domingo, 21 de agosto de 2016





ESTRANHICES
(cada um com a sua...)

Sinto-me um bocado estranha, às vezes, com esta minha compulsão da leitura. Sentir que prefiro mil vezes, às vezes, ficar com o meu livro de momento, a fazer aquela viagem única e só minha, do que ir aqui, ou ali. Às vezes, a sério, acho que tenho que dosear isto, para não parecer maluquinha de todo. Vou dizendo para mim própria que a idade me vai trazendo menos paciência para o que não gosto de fazer, mais impertinência para espaços e tempos que não vou suportando já tão bem e também aquela sobranceria tranquila que a maturidade traz, que é a de fazer MESMO aquilo que gosto. 
E depois, tenho amigas que partilham comigo este gosto, esta compulsão e, à boleia de conselhos trocados e/ou sugestões partilhados, caem-me no colo assim coisas destas, como este que acabei agora de ler, O ROUXINOL, de Kristin Hannah. 
Sendo uma leitora (quase) compulsiva, não sou expert em literatura, nem tenho um conhecimento exagerado de muitos autores, correntes, ou estilos. Leio porque gosto, porque me envolvo nas histórias, porque gosto de imaginar as personagens nos cenários descritos, porque enceto viagens para mundos que vou conhecendo melhor. Mas sou, sobretudo, sensível a uma boa história, que junte uma boa narrativa a um enredo interessante, personagens densas e acontecimentos decisivos, cenários inventados, ou reais, trama, suspense e humanidade. 
E este livro, que tem por detrás os factos históricos de uma França ocupada, traz até nós a vida de duas irmãs que representam outros tantos e tantas que sobreviveram e resistiram ao jugo nazi.
Sendo cada leitura uma viagem única e absolutamente pessoal (por isso é que há tantos livros e autores tão significativos para uns e tão indiferentes para outros) atrevo-me a remoer (e aconselhar) este, relembrando a história e o papel decisivo que as mulheres tiveram nos palcos mais esquecidos ( ou mais importantes) da guerra.

É que gostei mesmo do livro! E ler aqui, só pode ser bom, já agora...



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