AGOSTO
Para o bem e para o mal será sempre o meu mês de férias. Aquela altura do ano para a qual guardo projetos, decisões, descansos. Ou simplesmente aquela altura do ano em que me sinto anestesiada pelas ondas, calor e torpor, próprios de um verão a pique e de (alguma) inércia. Não luto contra isto. Estes dias sem horas e estas horas sem pressa. É assim, talvez um chamado do corpo a reclamar descanso, calma e tempo. Deixo-me levar sem fazer ondas. Sei que isto passará veloz, com um raio, mal me dando tempo para tudo a que me propus. Sei que breve, breve virá uma reentrada louca nos tempos e horas e prazos da vida de todos os dias.
E então deixo-me ir indo, nesta anestesia prazeirosa das férias, dando ao corpo aquilo que me vai pedindo e dando-me a mim, o imenso prazer (consciente) de estar anestesiada.
Sem culpas...
(E tanto que me identifiquei com esta crónica...)
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