terça-feira, 1 de setembro de 2015



DONA DO MUNDO

Tinha um aperto na garganta e sentia-me agitada interiormente, num nervoso miudinho que tentava controlar. Não lhe procurei justificação. Já sei que é assim em finais de ciclos de tempo e de espaço. Já sei que é assim quando um mundo me cai em cima da cabeça e ainda não tive tempo de o assimilar.. Sei que passa e não ligo,  A rotina encarrega-se depois de pôr tudo nos eixos outra vez. Pressentiste-me a agitação. Puxaste-me para ti não foi preciso dizer nada. Agradeci-te pelo silêncio quieto que nos ligou naqueles minutos. Há silêncios que falam mais que palavras, eu sei. Devo ter adormecido assim, enlevada em ti, e foi o bastante para sentir que sim, serás sempre o meu porto seguro, mesmo em dias de tempestade que nos levam para longe um do outro. 
Hoje, claro, a rotina de todos os dias vai-se começando a espraiar devagarinho e o correr das horas não me dará tempo para agitações interiores. De qualquer forma sorrio para dentro com esta certeza: a do teu abraço certeiro, que me puxa para ti, onde posso adormecer e sentir-me dona do mundo outra vez...
  
Obrigada...






P.s. Sabes que sou lamechas...

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