domingo, 9 de agosto de 2015








DOCE PASMACEIRA



Foi mais ou menos isto e foi tão bom! Ter-te um dia só para mim, termo-nos um dia só para nós, sem horários, sem logísticas, sem pressas. Apetecia-me prolongar aquelas horas e aquele silêncio. Apetecia-me fazer parar o tempo e cristalizá-lo ali, naquela pasmaceira tão boa. Gostei de te ver outra vez entre falas e sorrisos e de ver que sim, és como eu escolhi, mesmo que às vezes sejas o sapo da história e estejamos os dois por detrás das pressas. Sim, porque há pressas e há sapos e pedras nas vidas das princesas e dos príncipes que, acredito, todos queiramos ser.

E mesmo num Algarve insuportável em Agosto, há ainda recantos escondidos para onde, às vezes, vale a pena fugir. E é aí, nesses sítios só nossos, que se carregam baterias, se partilham segredos, se namora sem fim, se abraçam projetos, se imagina um futuro, se descobrem príncipes e princesas de carne e osso e vidas reais! 
E quando penso em tanta e tanta gente que vive o (s) seu (s) amor (es) sem estes buraquinhos de calma, sossego e doce e apaixonada pasmaceira, onde se toca, fala, ouve e beija em outra dimensão, tenho pena, pois sei que isto é vital, como vital é o sol, a água, ou a luz...
Foi isto, um dia cheio de horas só nossas e foi tão bom! 





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