BRACINHO DE TERNURA
Já só tenho uma criança cá em casa e mesmo essa, agora mais em modo pré-adolescente-parvo do que criança-criança, mas este universo infantil faz parte de mim como pessoa e como profissional e é nas crianças que penso quando vejo a escola estar como está, quando vejo tantos professores sem alento, quando vejo tantos pais e mães sem forças, quando vejo esta sociedade que se vai construindo sem pensar nelas como uma prioridade, quando vejo que são entupidas de coisas para fazer sem terem tempo para brincar, quando me apercebo que algumas têm tanto, mas não têm o essencial, enfim, é nelas que penso quando faço a pergunta: "onde é que tudo isto irá parar?"
Não tenho esta resposta.
O que sei é que há um universo imenso à sua frente, chamado futuro e que somos nós, os adultos, os responsáveis por lhe lançar os alicerces. Nunca poderei dizer-lhes com certeza absoluta como irá ser o horizonte mais além, mas poderei sempre prepará-los para o enfrentar.... devagarinho, coisa a coisa, dia a dia, crescimento a crescimento, etapa a etapa, afeto a afeto, conversa a conversa. Quem sabe assim, crescerão mais seguros e confiantes naquela linha de horizonte lá ao fundo, com uma sementinha lá dentro, uma coisinha qualquer que lhes fará bem, sei lá...
É que, não há dia da criança, sem adultos e esses, somos nós.
Hoje, ao ver numa publicação de uma amiga, esta foto maravilhosa de dois irmãos que conheço, ao ver aquele bracinho espontâneo dele a abraçá-la, fiquei maravilhada e lembrei-me que ele já foi personagem principal de um antigo post meu, deste blog e que é, tal como todas as crianças maravilhoso e inspirador. Quando ele for mais velho e eu já muito velhinha, conto-lhe como às vezes me inspirava e acho que ficará contente.
Para já, deixo-lhe esta linha de horizonte imensa, esperançosa e linda, chamada futuro e mando-lhe, como a todas as crianças que me inspiram, um grande beijinho cheio de ternura.
É que ser criança, (deve ser) é maravilhoso!
P.S. Dedico também este post a uma colega querida (que é uma inspiração para mim) com quem hoje falava sobre meninos e meninas e escolas e coisas que tais. Apetece-me dizer-lhe também:... " que nunca deixemos de nos encantar..."
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