sexta-feira, 24 de junho de 2016





(Miscelânia) colada com cuspo


Não percebo nada de política. Nem quero. Não me atrai o tema, o modo, a forma, o(s) desfecho(s) que muitas vezes acontece(m). Não gosto de como se desvirtua, muitas vezes de forma tão fácil, uma essência, que é boa, na génese, por causa desse modo, dessa forma, desses meios. Mas pronto, ela está por todo o lado, influencia-nos sempre e também não acho que devamos ser apáticos, indiferentes de todo, ou confortavelmente ignorantes.
E por isso, esta história do Bretix, não me deixa indiferente. Deixa-me, mesmo sem conhecer a fundo todos os contornos, mesmo sem conhecer a fundo todas as nuances da questão, expectante, desconfiada. Sem saber explicar muito bem porquê... Afinal, esta não é a minha zona de conforto, onde falo "de cadeira" daquilo que sinto. Mas pronto, estou a gerir, à distância, os efeitos que a notícia vai tendo em mim e, como sempre acontece quando o pensar me assalta de repente, escrevo. 
E faz-me perguntar: e agora?
Será isto como aquelas peças de dominó enconstadinhas umas às outras, em que quando cai uma, caem todas, sendo que as pecinhas do dominó são cada um dos Países da União Europeia? Será isto o prenúncio de uma grandessíssima crise de identidade coletiva, caminho muito fértil depois a fundamentalismos de quaisquer natureza, ou despotismos, ou outras coisas que tais? Será isto o prenúncio de vários gritos de Ipiranga de vários outros? (Estou a lembrar-me só da Escócia...) Será isto uma forma de percebermos que a tal identidade coletiva não existe, o que existe é sim, uma miscelânia, colada com saliva, de várias identidades? E que quando se cola com saliva, o mais certo é descolar logo a seguir?
Pois! Afinal, o que será isto?
Vamos ver.
Ups, acabei de receber a notificação do jornal online Observador, que sigo, dizendo que a Escócia vai avançar com referendo pela sua independência do Reino Unido...
Pois...



O termo “brexit” é uma fusão de duas palavras inglesas. Neste caso, “britain”, diminutivo nativo para Grã-Bretanha (ou, para ser mais correto em termos políticos, para Reino Unido), e “exit”, que significa saída. O termo resume e expressa o risco de uma saída do Reino Unido da União Europeia.

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