Palco vivo, grande e grátis
Ontem, no dia dos anos do Pedro, o assunto veio à baila outra vez. Porque sim, porque não precisará nunca de grandes justificações para vir à baila, basta que haja irmãs e irmãos, para que falemos disso, da forma como nos relacionamos uns com os outros, da naturalidade, mas também do cuidado que uma relação entre irmãos pressupõe.
Lembrei-me hoje, durante o dia de um post velhinho, de 2012, onde falava da relação entre irmãos. Lembrei-me de um outro também, em que isto das relações, dos irmãos e das irmãs, vos era dito, com veemência e determinação, com aqueles tons e ares que se põem quando se fala de coisas tão sérias que vêm lá do fundo, lembrei-me que tudo continua atual e tudo, sei, continuará atual, desde que hajam irmãos e irmãs e pais e mães conscientes do que querem dizer aos filhos.
Terem-se uns aos outros será sempre e sim a vossa maior riqueza, maior que qualquer outra que possam vir a ter, experimentar, usar, ou querer. Terem-se uns aos outros dar-vos-á sempre um palco vivo, grande e grátis de práticas de afetos, zangas, mimos e reconciliações, onde tudo o que dizem os manuais de Psicologia se experimenta e põe em prática. Terem-se uns aos outros dar-vos-á sempre a oportunidade de experimentarem um amor gratuito, imediato, próximo e vitalício.
E isso é maravilhoso.
Eu, como mãe, tenho que vos dizer isto sempre, quando me apetece e também quando intuo que quase se esquecem, porque acredito nisto, porque acho importante, porque me anularia se não o dissesse, porque há verdades que quase se esquecem se ninguém nos lembrar, indo atrás da pressa, dos dias e das coisas. E como esta verdade é tão grande e tão imensa, ainda bem que não a digo sozinha. Ganha outro peso, acho eu e Deus queira que vos fique aí dentro, pairando-vos no coração e tornando-se valiosa para vocês também.
P.S. A foto é velhinha, eu sei, mas será sempre uma das minhas preferidas.
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