VÉNIAS... muitas!
Enquanto te ouvia pensava que tenho, de facto, muita sorte. A eloquência com que me contavas, retratava bem a força com que acreditas no que dizias. Senti-me tão orgulhosa naquele pedaço de tempo, com um orgulho dado pelos anos e por provas dadas da tua integridade e caráter. Continuas um homem giro e isso, sabe-me sempre bem constatar. A paixão é isto também, não será? Esta misturas de coisas boas, com força física e deliciosa. Esta história de ter filhos saudáveis um homem maravilhoso com quem partilho risos e lágrimas, um trabalho que me preenche, redes de afetos e de amigos que me sustentam e equilibram, saúde, saúde, saúde, minha e dos meus, é a maior riqueza e tesouro que se pode ter. Perante estas coisas, é fazer vénias, gratas à vida, tantas, tantas vénias que não me deixem quase desfazer o sentido de gratidão e humildade que devo ter perante dádivas assim. E tudo isto aumentou exponencialmente enquanto me lembrava dela. Um ror de coisas de seguida que me comtou... Desemprego, doença, violência doméstica, mais desemprego, mais divórcio, mais lágrimas e desespero. O meu cérebro ouvia-a, mas agitava-se tambem depois numa rede de sinapses que me mostravam, noutro écran neuronal, a minha vida, as minhas coisas, tão diferentes, tão felizes...
Pois é... o respeito que sinto pelo que ouvia dela tem que ser proporcional à gratidão, a tal que me devolve a humildade e me tira culpas que não tenho. E é essa gratidão, sentida sempre e por tudo que me restitui a cada dia o equilíbrio.
Acho que é isto...
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