ÚLTIMA BOLACHA
Há pessoas que gostam de ter a última palavra, que falam com veemência, gostam de se ouvir e (quase) convencem com os ares que usam nas conversas. Põem um ar sério, rebuscam o vocabulário, enumeram situações sem fim e dão a tudo aquilo uma cena de filme.
Pois é, mas depois, para os ares mais atentos, ou só para aqueles mais perspicazes, há ali qualquer coisa que não convence: não sei se é o fundinho dos olhos, se é o rebuscamento que é demais, se são as palavras que não parecem suas, se é qualquer coisa na cara, na pele, na expressão, no tom, que não cola e que parece, por isso, falso e bem falso. Ou pelo menos, muitíssimo forçado.
É que, isto de se querer ser, às vezes, a “última bolacha do pacote”, pode ser perigoso. Muitas vezes essa bolachinha, sabe a nada mais que ranço!
Às vezes apetece-me dizer isto!
P.S- Authenticity is magnetic