MARESIA
Alguém hoje tirou esta foto, aqui do sítio onde vou estando por estes dias. Confesso que também tive vontade de a tirar, só não o fiz porque a câmara do meu telemóvel está semi danificada e não podia, no momento, recorrer a nenhum outro. E depois o momento passou, esperando eu que se repita mais uma vez e outra e outra...
Fiquei pois contente quando a vi, tirada por alguém, com uma legenda que traduzia exatamente o que me ia também na alma... Qualquer coisa que descrevia um paraíso completamente grátis, todos os dias, à porta de casa, sem esforço, sem deslocação excessiva, sem canseira. E eu também não me canso de o ver, sentir e, sobretudo, desfrutar.
Terapia diária grátis esta, composta por cheiro a maresia a entrar nos códigos nasais, ronronar do mar, enrolando a onda como barulho de fundo, brisa a vir devagarinho sem incomodar e, sobretudo, gestão de vontade em modo free, levando-me a fazer aquilo que uma vizinha de praia me dizia no outro dia, cúmplice também desta doce e retemperadora anestesia: “nas férias é mesmo assim... fazer o que apetece, às horas que apetece”.
Ah, pois é... é mesmo isto, sem tirar nem pôr!
Já disse isto aqui, de certeza, em vezes anteriores, eu sei, soa a repetitivo, mas esta grandiosidade diária tão repetida e tão bonita sempre aqui à minha frente, a impôr-se, a mostrar-se, a dar-me a mim, uma lição de pequenez, é também um pedacinho REPETIÇÃO e perante esta, a minha é bem insignificante.
P.s- E na foto, o solitário que se vê no meio da imensidão, é o Pedro e por isso, mais o meu ❤️
vibrou...