FOGO MÃE, ENGANEI-ME...
- Oh mãe, fogo... enganei-me! "Não vou poder, este "poder" é com O, não é? Eu sabia!
- Ai Pedro!!!! Claro que é com O!! "Puder", "se eu não puder" é que é com U!!! Não acredito que escreveste mal...
- Pois! Escrevi...
Risadas... Minhas e dele...
Acrescentei: -É um erro muito comum, mas é uma pena escrever-se mal... já sabes como eu sou com este assunto e pronto, já sabes o que eu acho: lês pouco, escreves pouco e isso treina-se, ouviste? Sabes o que o meu professor nos fazia?
-Sim, já sei... - e lá repetiu o que tantas vezes lhes conto. As "palavras difíceis" iam para casa como "deveres", ou TPC, como se diz agora e o que é certo, é que a fotografia da palavra ia ficando, devagarinho, colada a uma destreza ortográfica que íamos construindo.
Têm hoje muitas outras competências, eu sei. Outras destrezas e capacidades "oleadas" por um acesso à informação e ao conhecimento que nós não tínhamos, mas o poder da sistematização, da leitura, do treino da capacidade de expressão oral e escrita, esses são intemporais.
Por isso, Pedrocas, ri contigo sim, do jeito rápido com que arrumaste este assunto. És parecido comigo, também no riso que fazemos de algumas falhas que temos e no registo "despachado" de muitos assuntos. Isso é saudável, faz-nos purgar erros e dar-lhes (SÓ) a importância que têm, mas que essa leveza saudável, não te faça retirar aos assuntos a importância que também têm e escrever-se sem erros é (quase) uma obrigação.